APP repudia autoritarismo do governo de Mato Grosso contra a educação


Educadores(as) foram destituídos(as) das suas funções pedagógicas sem quaisquer motivações justas e sem direito a ampla defesa

Publicado: 05/07/2023 15:20 | Última modificação: 05/07/2023 15:20

Escrito por: APP/Sindicato

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

A direção estadual da APP-Sindicato manifesta o seu repúdio ao violento ataque à educação pública promovido pela gestão do governador do estado do Mato Grosso, Mauro Mendes (União), ao afastar de forma unilateral e autoritária dezenas de educadores(as) da rede estadual de ensino que participaram de atos e mobilizações organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).

“Quando um educador(a) é atacado, toda a sociedade é atingida.”

Destituir diretores(as), coordenadores(as) pedagógicos(as) e secretários(as) escolares das suas funções pedagógicas sem quaisquer motivações justas e sem direito a ampla defesa e contraditório é grave e não pode ser tolerado em um regime democrático. A atitude do governador também representa uma prática antissindical, pois afronta os dispositivos da Constituição Federal que asseguram a liberdade de filiação e participação dos(as) trabalhadores(as) a um sindicato.

Nos solidarizamos com os(as) educadores(as) e toda comunidade escolar afetados(as) por essa atrocidade e reiteramos nosso compromisso com a luta em defesa da escola pública de qualidade e o direito da classe trabalhadora exercer livremente, sem perseguições e ameaças, o direito de organização e filiação sindical, na busca de melhores condições de trabalho.

A educação no Brasil e seus(suas) trabalhadores(as) têm sido o alvo preferido de governantes intolerantes, pois eles sabem que a educação libertadora, a qual acreditamos e defendemos, forma para a cidadania e construção de uma sociedade igualitária para todas e todos. A essas agressões, a nossa resposta continuará sendo a resistência e a luta que nos fazem avançar. Jamais nos calaremos diante das injustiças, pois quando um educador(a) é atacado, toda a sociedade é atingida.