Aposentados dão lição de resistência na luta pela recomposição dos salários confiscados

Os aposentados e aposentadas da educação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), deram uma aula de sindicalismo em 2023 e continuam a luta em 2024. No próximo dia 24 de janeiro, data em que se comemora o Dia dos Aposentados, acontecerá um grande encontro, com representações de todo Mato Grosso.

Os encontros, além da confraternização, marcam o espírito coletivo e a disposição para enfrentar os ataques aos direitos, em especial na rede estadual. Desde de 2020, o confisco de 14% dos salários, retomou o um novo capítulo de enfrentamento, que em 2023 foi marcado para ações efetivas do segmento. Retomaram a atividade sindical nas ruas e nos gabinetes de parlamentares e permanecem no enfrentamento ao golpe recebido com a medida do governo Mauro Mendes, em 2020.

Muitos que estavam afastados da luta sindical, com a ideia de que os enfrentamentos eram para os mais jovens e na ativa, perceberam que, após a aposentadoria a luta pela manutenção dos direitos tem que ser constante. As manobras de governos podem derrubar com uma canetada todas as conquistas realizadas pelos trabalhadores da educação, em anos de lutas.

Para Angelina Oliveira Costa, secretária de Seguridade Social do Sintep-MT, a ação dos aposentados e pensionistas da educação tem sido modelo para muitos educadores da ativa. A experiência e vivência dos anos de enfrentamento a governos autoritários, e o sucesso das conquistas desfrutadas, confirmam que só a luta mantém e avança em direitos.

“Sabemos que os governos não nos dão nada, pelo contrário, retiram, como o que estamos vivenciando com o confisco dos nossos salários. Apesar do empenho deste ano, estaremos retomando a luta em 2024, com reforços e novas estratégias, apontadas no nosso Conselho de Representantes e nos encaminhamentos deliberados pelo coletivo de aposentados do Sintep-MT”, destacou.

A educação de Mato Grosso e os trabalhadores registram perdas e retrocessos. Apesar desse cenário, os aposentados e pensionistas da educação têm revelado que não será de braços cruzados que reverterão essa disputa. Mesmo com o desafio posto, não estão acuados e arrumam tempo para celebrar a vida e fazer da luta por direitos, um processo contínuo de vida.