Aluno fere o pé em restos de obra de Escola Estadual em Cuiabá


Problema de planejamento e de gestão do governo compromete atividades educativas e coloca em risco os estudantes e profissionais

Publicado: 26/09/2022 17:06 | Última modificação: 26/09/2022 17:06

Escrito por: Roseli Riechelmann/Sintep-MT

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Ferros no piso da escola ferem pé de estudante

Um estudante do ensino fundamental da Escola Estadual Mariana Luiza Moreira, em Cuiabá, teve o calcanhar furado por um ferro, durante a aula de educação física. O ferimento foi causado por resto de material de uma das obras. As atividades escolares ocorrem há dois meses, na unidade, em meio a reforma, que limita o espaço para a rotina escolar. 

As aulas de educação física ocorriam na área da frente da unidade, enquanto a quadra está interditada para reforma. O estudante passa bem, contudo, devido ao risco que o local apresentou, o espaço foi proibido para as atividades esportivas, agora suspensas.

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Quadra da Escola passa por reforma

Segundo informaram os professores, a obra em andamento não teve responsabilidade direta com o ferimento do aluno. O ferro que provocou o ferimento é resto de outra obra que ocorreu na escola. Contudo, o espaço utilizado, devido a atual reforma, era o único para que os alunos praticassem atividades, fora das salas de aula.

Os acidentes são comuns tanto na área da frente e também próximo a obra, nos fundos, relatam os estudantes. Um deles informou que já feriu o pé no mesmo local, e um outro colega na área dos fundos, devido a restos de materiais. “Não temos outro lugar para brincar, a quadra tá em reforma e nesse espaço (frente da escola) não podemos brincar para não machucar”, afirmou. 

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Espaço que era usado para atividades recreativas e desportivas, durante a reforma, foi interditado  

A falta de planejamento e organização da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) inviabiliza condições decentes de trabalho para os profissionais e de estudo para os alunos. A falta de gestão da Seduc-MT coloca em risco a saúde e a segurança da comunidade escolar.  Sem espaço, durante a reforma, as atividades ficam inviabilizadas quer seja de educação física ou das demais aulas. O pátio, espaço de recreação, é dividido entre as turmas, em aulas improvisadas, quando o calor das salas é insuportável. A reforma no prédio deixou os estudantes sem ar condicionado ou ventiladores.