88 militares consomem mais de R$ 7 milhões/ano com “salários” em recursos da Educação


Gasto pode ainda dobrar caso a militarização alcance novas unidades educacionais, retirando ainda mais recursos públicos da Rede Estadual Educação.

Publicado: 05/01/2024 16:43 | Última modificação: 05/01/2024 16:43

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

Reprodução
A Polícia Militar tem a nobre missão do policiamentoo ostensivo nas ruas, no combate ao crime e na segurança da população. Educar é tarefa dos profissionais da Educação.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, que sempre tem alegado não ter dinheiro para pagar um salário justo aos Trabalhadores da Educação é o mesmo que torra mais de R$ 7 milhões por ano com apenas 88 militares que supostamente atuam nas escolas cívico-militares, sendo um média de R$ 79.545,45 ano por agente de segurança.

São 88 servidores da segurança pública que, somam uma quantia considerável em recursos públicos da Educação que poderiam ser melhor investidos em ações que efetivamente beneficiariam as escolas públicas.

O Estado tem hoje, de acordo com dados oficiais da Seduc (Mapa Educacional), 664 escolas estaduais. São 128 escolas do campo, 5 quilombolas, 70 indígenas, 461 urbanas. Destas 26 são do modelo cívico-militar, nas quais “em tese” estariam esses 88 profissionais da segurança pública que são Coronéis à Soldados e agente penal e do socioeducativo. 

88 policiais consomem R$ 7 milhões de recursos da Educação. Sendo que esse “gasto de luxo” pode triplicar, chegando próximo dos R$ 21 milhões/ano, caso o governo implante as mais de 60 unidades escolares inconstitucionais cívicos militares. Dinheiro que, sem dúvidas, poderia ser devidamente empregados para Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, ou até mesmo na segurança das unidades escolares de Mato Grosso com a contratação/concurso público para AAE-Vigias para as 664 unidades escolares em todos os turnos de funcionamento, período noturno, feriados e finais de semana.

Alguns exemplos de recursos da Educação Pública gastos com pessoal supostamente lotados nas unidades escolares inconstitucionais cívicos militares, órgão Central e/ou DREs de carreiras da segurança pública e que não são profissionais da Educação:

3 coronéis faturam mensalmente 59.062,60 – quase 20 mil cada um; 

1 agente penal ganha mensalmente quase 30 mil reais (R$29.342,44); 

8 tenentes, recebem R$ 80 mil, ou seja, em torno de R$10 mil cada um; 

12 soldados recebem R$7.700,00 cada um por mês; 

Alguns exemplos do gasto com militares nas escolas, SUBLINHADOS EM VERDE, e ainda EM AMARELO, quanto o governo paga a algumas categoria da Educação, a diferença é gritante. Gordos penduricalhos para os militares, salários de fome aos trabalhadores da educação pública (Fonte: Portal Tarnsparência de MT).

“Infelizmente, no estado de Mato Grosso contamos com um governo que prioriza um modelo inconstitucional de Escola que são as escolas cívicos militares para atender uma casta privilegiada que não fazem parte da Educação e em contrapartida os trabalhadores da Educação veem a cada dia a precarização das suas condições de trabalho. Além da desvalorização com o calote da RGA, Ausência de ganhos reais, confisco de aposentadorias e pensões e até mesmo a profissionalização, que é o caso do profuncionário que só efetivou em razão das emendas parlamentares da ex-deputada Federal Rosa Neide.”, conclui o presidente do Sindicato, Professor Valdeir Pereira.