5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres teve participação das mulheres do Sintep-MT
Representantes do Sindicato relatam avanço nas pautas feministas, mas destacam retrocessos no estado
Publicado: 07/10/2025 10:14 | Última modificação: 07/10/2025 10:14
Escrito por: Roseli Riechelmann

As mulheres do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT) representaram o estado na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), entre 29 de setembro e 1º de outubro de 2025, em Brasília. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT) levou suas delegadas para o debate nacional.
Ao todo, mais de 3 mil representantes do país participaram do fortalecimento das políticas públicas voltadas para a diversidade de mulheres da cidade, do campo, das águas e das florestas, considerando as especificidades de cada agrupamento.
Representantes
Integrante do coletivo de mulheres do Sintep-MT, secretária de Previdência Social do Sintep-MT, Angelina de Oliveira (Cáceres) foi uma das integrantes da comitiva sindical, que contou ainda com as dirigentes Ilmarli Francisca (Alta Floresta), Leliane Borges (Várzea Grande) e Eliane de Carvalho (Sinop). Juntas, defenderam as pautas das mulheres trabalhadoras, da seguridade social, dos direitos e o fim do retrocesso na luta feminista implantado desde o golpe da presidenta Dilma, e por todos os governos fascistas que resultaram no retrocesso das políticas para mulheres.
“Mato Grosso é um estado de base reacionária, onde as políticas sociais para mulheres registram retrocesso, seja na luta pela população LBTs ou pelo machismo que tem dado ao estado o recorde de assassinato de mulheres pelo simples fato de serem mulheres. O feminicídio revela a face reacionária do estado e precisa ser combatido de forma mais rigorosa pelos governos”, defende Angelina.
Propostas
A Conferência aprovou 60 propostas em plenário, resultado do intenso trabalho coletivo nos 15 eixos temáticos. As sugestões foram divididas nesses eixos e irão compor as diretrizes do novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Entre as propostas aprovadas estão: promoção da igualdade de gênero e incentivo à igualdade salarial; redução da jornada de trabalho e fim da escala 6x1; fortalecimento de mecanismos de proteção contra violência política e doméstica; ampliação de medidas de cuidado, participação social e garantia de direitos em toda a diversidade de mulheres.
As discussões retomam o debate e colocam as mulheres como protagonistas de políticas sociais. A Conferência foi a volta de um espaço de lutas e resistência importante, que havia sido interrompido desde 2016. “Foram mais de nove anos sem conferência, ocasionando assim o desmonte das políticas públicas nos governos que a antecederam”, lembra a dirigente.
A 5ª CNPM reafirmou a importância do engajamento e da participação social na elaboração de políticas públicas. “Dada a importância desse momento ímpar, o retorno às bases é de esperança e confiança nas lutas para garantir e conquistar direitos”, conclui Angelina Oliveira. (com informações nacionais)