Nas terras vastas de Mato Grosso do sol ardente,
Trabalhadores, em seus anos de ouro, vivem dor latente.
Aposentados, cansados de uma vida de labuta e suor,
Veem-se agora, injustamente, desprovidos do seu melhor.

Governador Mauro Mendes, com mãos firmes, retira,
Do salário suado, esperança, num gesto que vira,
Uma ferida aberta, no coração de quem tanto deu,
Uma vida inteira de esforços, agora se perdeu.

Clamam ao céu, ao Supremo, em prece e agonia,
Por justiça e por luz, nesta sombria via.
O direito arrancado, em nome de quê?
Inconstitucionalidade, um fardo que não se vê.

Mas a força de um povo não se dobra assim,
A esperança vive, mesmo em tempo ruim.
Pois sabem que a justiça, em breve, há de vir,
E seus direitos, enfim, irão ressurgir.

Que o sol de Mato Grosso ilumine a verdade,
E que a justiça triunfe sobre a desigualdade.
Aposentados, com dignidade, voltarão a sorrir,
Quando o Supremo, seus direitos, enfim, restituir.

Ester Assalin, professora mestra aposentada, doutoranda em Educação e diretora do Sintep MT