Sintep-MT cobra cancelamento de Seletivo para profissionais interinos da educação de MT


A defesa sindical é pela defesa histórica do processo de contratação seja orientado pelos princípios constitucionais, principalmente, os da publicidade e da isonomia

Publicado: 12/11/2021 19:59 | Última modificação: 12/11/2021 19:59

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

Pedro Revillion/Palácio Piratini
Edital apresentou diversas irregularidades dentre elas possível copia cola de conteúdo aplicado em outro estado

A falta de transparência sobre o número disponível de vagas para os profissionais interinos da rede estadual e a exclusão daqueles com comorbidades, no Processo Seletivo da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), são destacados nas cobranças do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), para o cancelamento das provas.
As inscrições do seletivo estão abertas e são pagas pelos candidatos. Toda a organização está sendo realizada pelo instituto de escolha do governo Mauro Mendes, sem publicidade dos critérios de escalação. E, desde o início, se mostra controverso diante de um primeiro edital (Nº 008/2021/GS/SEDUC/MT) problemático, o qual deixou evidenciado se tratar de uma cópia fiel de outro processo seletivo realizado no estado do Espírito Santo.
Para o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, o fato da Seduc-MT não tornar transparente o número de vagas para interinos disponíveis no estado e ignorar as defesas da categoria para a contratação de profissionais e cobrar pelas inscrições são os maiores problemas. “A cobrança é mais um arrocho do governo aos contratados que passaram por todo o período de pandemia, em 2020, sem salário”, destaca.

Sintep-MT
Valdeir Pereira, Presidente do Sintep-MT

Entenda o caso
Em 2019 o governo manobra o processo de atribuição de aulas de interinos, alterando o processo de organização de aulas excedentes, passando os professores efetivos para atribuir na vez aos interinos. Promoveu sobrecarga aos efetivos e desemprego aos trabalhadores interinos.
Em 2020 com a suspensão das atividades devido a pandemia os profissionais interinos foram descartados da folha de pagamento. Na ocasião o Sintep-MT exigiu proposta alternativa para um auxílio temporário que daria fôlego à categoria para atravessar a crise sanitária, considerando que estamos falando de pais e mães de família.
O ano letivo foi suspenso pelo governo em 2020, apenas um dia antes da conclusão da atribuição dos interinos, deixando profissionais vinculados às escolas há mais de dez anos, à deriva, soltos à própria sorte.
Em 2021, o governo desestrutura o processo de atribuição implementando o Processo Seletivo, com um edital que apresenta brechas para a implementação do trabalho intermitente e a terceirização com foco na exploração dos trabalhadores.
“O Sintep-MT reafirma a defesa histórica de que o processo de contratação seja orientado pelos princípios constitucionais, principalmente, os da publicidade e da isonomia, para evitar prejuízos na aprendizagem e precarização da profissão”, conclui Valdeir.