Quatro dias de debate apontam as lutas para os próximos três anos

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) concluiu quatro dias de debates no XVIII Congresso Estadual do Sintep-MT, “Democracia, Educação e Trabalho: “Esperançar por um novo projeto de nação”, sábado, dia 10 de setembro. A plenária sindical, com presença dos delegados eleitos nas regionais, deliberou sobre o Plano de Lutas, adequações no Estatuto da entidade, além de debater o cenário educacional no Brasil, no mundo e os reflexos na educação pública de Mato Grosso.

As palestras tiveram transmissão virtual para os delegados que não participaram presencialmente, o que possibilitou ampliar o debate para todo o estado, dinamizando os trabalhos. Os temas debatidos se aprofundaram sobre a educação do futuro e, em específico, a defesa da educação pública gratuita, como elemento chave para alavancar a realidade social, econômica e política do país.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, afirmou a relevância do Congresso para a organização da classe trabalhadora, no contexto social e político vivido no Brasil e em Mato Grosso. “O Congresso do Sintep-MT constrói e formula coletivamente os desejos e desafios dos trabalhadores para educação pública”, ressaltou.

Para o presidente, a participação dos delegados proporcionou a energia necessária para a luta e o enfrentamento daquilo que é o fortalecimento da escola pública, alinhado à valorização dos trabalhadores e a retomada do processo democrático no país e no estado de Mato Grosso.

A professora Marlene das Graças Dias, de Araputanga, disse que, o atual momento, é de muita inércia nas escolas. “Os colegas estão desmotivados, desanimados e o Congresso do Sintep-MT serve para fortalecer a luta. A nossa obrigação agora, é levar isso para a base e motivar a todos”, afirmou.

Preocupada com o desmonte da carreira promovido pela gestão Mauro Mendes, a apoio administrativo educacional, Cleire Lilian, destacou que embora intensos, os quatro dias de debates, deram força. “Faz com que a gente leve para os demais, incentivo para que eles lutem. Não está fácil, precisamos fazer o debate com os colegas”, disse.

A maratona de debates foi muito importante, principalmente considerando o atual momento político e social que vive o país. “Podermos nos debruçar sobre a educação é fundamental para nossos processos, para avaliarmos a conjuntura política e pensar o que nós educadores estamos fazendo, quais são nossas ações políticas e pedagógicas”, acredita a professora Yandra de Oliveira Firmo, de Barra do Garças.

Para a coordenadora geral do XVIII Congresso Estadual do Sintep-MT, Guelda Andrade, considerando a pandemia em que todos estiveram presos em casa, o reencontro da categoria foi ímpar. “Tivemos debates calorosos e o que tiramos foi um texto final com a representação de tudo aquilo que as pessoas vivenciam no chão da escola. A dor e a delícia de ser profissional da educação. Deixamos impresso aquilo que defendemos e queremos como profissionais da educação. São as nossas defesas enquanto educação pública, gratuita, laica, desmilitarização e de qualidade socialmente referenciada. Daqui sai o rumo para os próximos três anos, até o próximo Congresso”, concluiu.

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