Pesquisa mostra que cerca de 50% das escolas públicas de MT não têm pias com água e sabão


Outro dado da PNAD Covid mostra que o acesso a um computador com internet para estudantes da rede pública no estado também é pouco abrangente

Publicado: 06/12/2021 11:22 | Última modificação: 06/12/2021 11:22

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT.

Sintep-MT

O levantamento realizado pelo IBGE, denominado PNAD COVID19, é uma Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios que tem como objetivo mensurar os impactos da pandemia em diversas esferas da sociedade e da vida dos brasileiros. Nesta amostragem, quando o assunto é educação, em Mato Grosso, o resultado do cenário vivido nas escolas públicas não surpreende.

O estudo mostra que, quando comparada à estrutura das escolas particulares, a rede pública está muito abaixo do ideal para fornecer um ambiente salubre tanto para os estudantes quanto para os profissionais da educação. Para se ter uma ideia, de cada 100 estudantes com idades entre 13 e 17 anos nas escolas públicas em Mato Grosso, apenas 49 possuem pias em condições de uso e sabão disponíveis nas unidades escolares em que estudam.  

Nessa faixa etária, conforme as informações divulgadas pelo Inep em 2019, estavam matriculados 235 mil alunos, dos quais 213 mil eram de escolas públicas. Não foi divulgado se as instituições eram da rede estadual ou dos municípios.

O acesso a uma pia com água corrente e sabão disponíveis para a limpeza das mãos é um direito básico de saúde. Para o Sintep-MT, os dados são apenas a ponta do problema. “O que vemos é resultado da falta de investimento no ensino público, que não assegura uma estrutura mínima para os nossos estudantes e trabalhadores. Estamos falando de coisas básicas que deveriam ser ofertadas pelo estado em tempos normais. Mas em tempos de pandemia, a questão de saúde pública mostra o agravante desse absurdo”, disse Valdeir Pereira, presidente do Sindicato.  

Outro dado levantado na PNAD Covid mostra que o acesso a um computador com internet para estudantes da rede pública em Mato Grosso é de pouco mais de 50% (54,1%). Quando se trata de estudantes da rede particular de ensino, esse percentual sobe para 89,2%.

“A questão do acesso à educação em tempos de pandemia é algo que ficará marcada no governo Mauro Mendes. O governador economizou recursos, não proveu o acesso aos estudantes carentes e demorou mais de um ano para providenciar computador e internet aos professores. Durante todo esse tempo, a comunidade escolar foi esquecida e como vemos na pesquisa, os estudantes ficaram desassistidos pelo estado. Os impactos disso ainda vão se evidenciar por anos a frente”, lamentou o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.