IEAL promove debate com Educadoras Mato-grossenses


O evento teve como objetivo, fazer uma reflexão sobre as mulheres como sujeito político, a partir da realidade do hemisfério Sul.

Publicado: 03/08/2021 15:12 | Última modificação: 03/08/2021 15:12

Escrito por: Roseli Riechelmann

REPRODUÇÃO

A atividade realizada pela Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) reuniu mulheres de diferentes países para a reflexão sobre: mulheres como sujeito político, a partir da realidade do hemisfério Sul. O debate realizado na sexta-feira (30/07) contou com a participação de mais de 50 mulheres representantes da base do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT)  e mais de 350 mulheres participantes contanto com os países vizinhos como Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia.

Para a secretária de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Guelda Andrade, é recorrente nos debates feitos entre os educadores ter o consenso que o currículo escolar é um instrumento poderoso para romper ou perpetuar conceitos. No caso em debate promovido pela IEAL volta a ser destaque para romper com o machismo estrutural. “Precisamos organizar um currículo libertador, como já dizia Paulo Freire. Porém, para além de uma libertação social é preciso uma libertação de gênero”, diz.

Os dados internacionais revelam esse sexismo no número de ataques as mulheres. Conforme Guelda, os altos índices de feminicídio na América Latina, isso inclui o Brasil e Mato grosso é fruto de uma cultura machista e de um patriarcado dominante, reproduzido também pelas mulheres, em função da nossa própria formação e educação. “Romper com esse ciclo é um desafio e começa por nos educar, nos disciplinar, tem início dentro da nossa própria casa. Temos um compromisso com aquelas que já se foram e com as novas gerações, bem provável que não veremos a mudança, mas, nossas filhas e netas verão. Lutamos por dias melhores”, afirma.

A Dirigente defende que o currículo é pode ser o instrumento mais poderoso para dialogarmos acerca do tema, o currículo, é o caminho mais “curto” e mais poderoso para chegarmos a ter uma sociedade mais justa, mais humana para a garantia dos direitos das mulheres da América Latina, e do Brasil, considerando que independente do país todas nós somos mulheres e sofremos os mesmos ataques”, concluiu.

Fonte: Assessoria/Sintep-MT