Fórum Sindical cobra celeridade do governo em atendimento de pauta de reivindicações

Associações e sindicatos filiados ao Fórum Sindical de Mato Grosso, dentre eles, o Sintep-MT, protocolaram um Ofício na Secretaria de Planejamento e Gestão nesta segunda-feira (17), exigindo um posicionamento do governo Mauro Mendes frente às reivindicações apresentadas pelos servidores do executivo estadual.

No documento, o Fórum destaca que as pautas apresentadas pelos servidores ao estado, em reunião realizada com o secretário Basílio Bezerra em 10 de dezembro de 2021, estão sendo ignoradas pelo governo, visto que, até o momento, não houve qualquer manifestação do estado em relação ao que foi discutido.

Entre essas reivindicações estão: reposição das perdas salariais acumuladas desde 2018 (31% incluindo o percentual aferido em 2021); realização de concurso público para diferentes carreiras (notadamente para saúde, Educação Básica, Ager e Unemat); reestudo da cobrança dos 14% de Previdência de aposentados e pensionistas (adotar percentual menos danoso os aposentados) e por fim, a questão envolvendo as licenças classistas dos Dirigentes Sindicais.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, ressalta a importância de que esses pontos sejam discutidos e tenham encaminhamento célere por parte do governo, devido ao fato de estarmos em ano eleitoral e as implicações que isso gera na tomada de decisões dos gestores públicos. 

“Essas pautas vêm sendo cobradas exaustivamente pelos servidores e o que percebemos é o governo empurrar com a barriga e postergar o máximo possível, para depois, alegar que não pode realizar concurso público, por exemplo, por estarmos em ano de eleições. Acontece que essas reivindicações não estão sendo feitas de hoje. O governo precisa dar encaminhamento a essas questões até a data limite de 04 de abril, conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral”, disse o sindicalista.

Além disso, os servidores querem que o estado promova a recomposição salarial das carreiras do executivo. “O governo anunciou, de forma unilateral, um reajuste de 7% que será incorporado já na remuneração de janeiro, como se isso fosse um ato heroico, quando na verdade, esse valor não chega nem mesmo ao índice inflacionário de 2021, que passou da casa dos 10%. Ou seja, nossos salários estão cada vez mais achatados e nosso poder de compra, mais minguado a cada dia”, criticou Valdeir.

O fórum Sindical cobra a urgência da realização de uma nova audiência com o governo, já que na reunião realizada em 10 de dezembro, o secretário havia se comprometido em retomar o diálogo com a categoria em meados de janeiro de 2022, após “estudos conclusivos realizadas por diferentes secretarias do governo”. “Estamos aguardando esse posicionamento e vamos cobrar o secretário até sermos atendidos”, finalizou Valdeir.