Desligamentos por morte no emprego celetista crescem 106,7% na educação


Entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos dos empregos celetistas por morte no Brasil cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil. É o que aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no boletim emprego em pauta número 18 do do mês de maio. Segundo o estudo, nas atividades de atenção à saúde humana, o aumento foi de 75,9%, saindo de 498 para 876. Entre enfermeiros e médicos, a ampliação chegou a 116,0% e 204,0%, respectivamente. Os dados foram extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Publicado: 23/06/2021 14:10 | Última modificação: 23/06/2021 14:10

Escrito por: Com informações do Dieese, CUT Brasil e Rede Brasil Atual

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Entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os desligamentos dos empregos celetistas por morte no Brasil cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil. É o que aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no boletim emprego em pauta número 18 do do mês de maio. Segundo o estudo, nas atividades de atenção à saúde humana, o aumento foi de 75,9%, saindo de 498 para 876. Entre enfermeiros e médicos, a ampliação chegou a 116,0% e 204,0%, respectivamente. Os dados foram extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Entre todas as atividades econômicas, as que apresentaram maior crescimento no número de desligamentos por morte estão: educação, com 106,7%, transporte, armazenagem e correio, com 95,2%, atividades administrativas e serviços complementares, com 78,7% e, saúde humana e serviços sociais (agregado), com 71,7%.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, essse levantamento é muito preocupante e mostra o impacto da COVID-19 sobre a categoria da educação. "Este estudo deve fortalecer a campanha da CNTE e suas entidades filiadas em defesa do retorno seguro às atividades presenciais: "Essencial é a vida" e "Vacina para todos já". Também deve impulsionar a nossa mobilização para os dias 26 e 29 de maio, nas ações da Campanha "Vacina no braço! Comida no Prato!", que defende vacina para todas as pessoas, auxílio emergencial de R$ 600,00 e o Fora Bolsonaro!”, ressalta Heleno.

Na avaliação do diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, esses números mostram que a pandemia tem atingido diretamente a classe trabalhadora, principalmente nos setores considerados essenciais. Além disso, Fausto atribui o aumento desse número de mortes à falta de políticas públicas no combate à pandemia e apontam, também, a negligência no setor privado, que falha em garantir equipamentos de proteção individual (EPIs) e em implementar medidas de distanciamento nos locais de trabalho.

Mobilizações

A CNTE vai participar dos atos nacionais em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome e a carestia, que estão marcados para os dias 26 e 29 de maio. O ato do dia 26 vai marcar também a entrega da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais, que traz o posicionamento (e propostas) referentes a 23 projetos que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado e afetam diretamente a classe trabalhadora. O documento será entregue a lideranças do Parlamento e aos presidentes das duas Casas Legislativas, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado.

No sábado (29) será dia de mobilização por Fora Bolsonaro em todo o Brasil. O presidente da república é o principal responsável pela extensão e agravamento da pandemia e pela explosão do desemprego e da fome. Estaremos mobilizados em todo o Brasil também por um auxílio emergencial de no mínimo 600 reais, vacinação para toda a população e contra a Reforma Administrativa, as privatizaçõesos e os cortes na educação.

(Com informações do Dieese, CUT Brasil e Rede Brasil Atual)