A verdade dos fatos sobre Audiência realizada na EE Adalgisa de Barros em VG


É importante restabelecermos a verdade e apresentar à sociedade e aos veículos de comunicação, o que realmente aconteceu.

Publicado: 25/01/2023 14:57 | Última modificação: 25/01/2023 14:57

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT.

Tem sido amplamente divulgado na mídia local, um vídeo em que aparece uma dirigente do Sintep-MT, interpelando um policial militar em determinado momento da audiência pública realizada no último dia 23/01, na quadra da Escola Estadual Adalgisa de Barros, em Várzea Grande.

Cabe esclarecer que, o recorte do vídeo , tendo sido apresentado fora de contexto, nada mais é do que a tentativa da sindicalista em obter informações sobre o processo para a votação que iria demonstrar a vontade da comunidade escolar acerca da militarização ou não da unidade de ensino, que é uma das mais antigas e tradicionais da cidade de Várzea Grande.

Sobre esse fato, é importante restabelecermos a verdade e apresentar à sociedade e aos veículos de comunicação, o que realmente aconteceu. 

Audiência Ilegal

Iniciamos dizendo que, o processo de militarização de uma unidade de ensino, conforme prevê a Legislação, deve partir do interesse e manifestação formal e oficial da unidade de ensino sobre essa questão, fato esse, que não ocorreu na EE Adalgisa de Barros. O que houve, foi apenas um comunicado de forma intransigente feito pela Diretoria Regional de Ensino, tendo sido realizada já a primeira audiência no final do ano passado, também de forma truculenta por parte da Seduc-MT, sem ouvir os maiores interessados na questão, ou seja, um processo totalmente antidemocrático e ilegal.

Sobre a primeira audiência, ocorrida no ano passado, a votação simplesmente nem chegou a acontecer. Na época, houve um abandono dos representantes da Diretoria Regional de Ensino, que, percebendo que não teriam a maioria dos votos pela militarização, alegam um suposto tumulto para deslegitimar o processo eleitoral, não tendo sido colocada a questão em votação.

Tentativa de Golpe 

O processo de votação desta segunda audiência, ocorrida na segunda-feira (22/01), estava estabelecido para acontecer de maneira individual, mediante um cadastramento prévio de cada votante. Ocorre que, na tentativa de manipular o resultado da votação, de “última hora”, os representantes da Seduc e PM, que conduziam a audiência, informaram que a votação seria por aclamação (expressão da maioria com manifestação dos braços levantados ) e não mais por voto individual, cujo cadastramento dos votantes já havia sido feito. Neste ínterim, os policiais que estavam no local, permitiram a entrada de pessoas sem que passassem pelo cadastramento, e informando que estas, poderiam votar.

No vídeo em que mostra a professora, dirigente do Sintep-MT, conversando com o policial, a mesma estava tentando reforçar que o voto só poderia ser concedido por aqueles que já haviam sido cadastrados, sob pena de pessoas “infiltradas”, que não pertenciam à comunidade escolar, estivessem ali somente para votar, de forma ilegal a manipuladora, somando coro com os favoráveis à militarização. 

Vontade da maioria prevaleceu

Mesmo tendo sido ignorada e atropelando-se o processo eleitoral devidamente organizado pela escola (que seria do voto mediante cadastramento prévio), foi feita a votação por aclamação, com o resultado pela NÃO militarização da unidade de ensino. Resultado esse, amplamente comemorado pela comunidade escolar presente.

Acerca do modelo de escolas militares, o Sintep-MT reforça que, a prerrogativa das forças de segurança pública, é a de promover segurança pública à sociedade, e, dentro das unidades de ensino, tanto as funções de gestão quando as pedagógicas, devem ser exercidas por profissionais que estudaram especificamente para atuar no segmento educacional. 

Sobre a militarização da EE Adalgisa de Barros, o Sintep-MT espera que a Seduc-MT respeite a vontade da comunidade escolar e que mantenha a unidade sem a intervenção da gestão militar. E quanto a possíveis futuros processos de militarização em outras unidades de ensino da rede pública, que o estado não interfira, de modo a impor sua vontade, respeitando também a legislação que diz que “há a necessidade do interesse oficial e formal por parte da unidade escolar”, para então a questão ser colocada em consulta aos demais envolvidos. Isso é que diz a lei, e isso é democrático. O Sintep-MT não aceitará imposição e truculência sobre a vontade da maioria!

Sintep-MT, Livre, Democrático e de Luta!

Direção Sintep-MT.